sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Anjos das Ruas










Andando pelas ruas
Eu vejo algo mais do que arranha-céus
É a fome e a miséria
Dos verdadeiros filhos de Deus

Vejo almas presas chorando em meio a dor
Dor de espírito clamando por amor

Anjos das ruas
Anjos que não podem voar
Pra fugir do abandono
E um futuro poder encontrar

Anjos das ruas
Anjos que não podem sonhar
Pois a calçada é um berço
Onde não sabem se vão acordar

Às vezes se esquecem que são seres humanos
Com um coração sedento pra amar
Vendendo seus corpos por poucos trocados
Sem medo da morte o relento é seu lar
Choros, rangidos, almas pra salvar.


http://www.vagalume.com.br/rosa-de-saron/anjos-das-ruas.html#ixzz1e6UbFELu

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

SALMO 27



O livro de Salmos contém algumas das mais ricas expressões de louvor já escritas. A sua leitura nos impressiona com a profunda espiritualidade do louvor. Temos o privilégio, através dos salmos, de conhecer melhor os corações de homens que realmente exultavam na presença de Deus.


A diversidade dos salmos traz uma riqueza especial à sua qualidade como exemplos de adoração. Eles tratam de toda espécie de experiência humana. Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções de homens espirituais gozando comunhão com o Criador, e de pecadores sentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os justos, e punição aos ímpios.

O Livro dos Salmos é um dos livros mais citados pelos escritores do Novo Testamento inclusive pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Este é o livro de hinos e de louvores da Bíblia. Reflete sobre os incidentes que podem ocorrer na vida e, contém bons conselhos, indicando o caminho para a verdadeira felicidade.

Então fica claro que, ele relata uma confiança em Deus que supera os medos advindos de situações vividas: bélica, familiar e social. Essas situações foram enfrentadas pelas pessoas da época em que o salmista compõe o salmo, como também, por nós hoje. Embora seja importante enfrentar os medos por causa das situações externas. Porém, a maior vitória que temos é quando enfrentamos o medo interior e encontramos forças para lutar pela vida, sempre com confiança em Deus, pois Ele é a “nossa luz e a nossa salvação”!

Espero que com isso ajude colocar sua confiança em Deus, aprendendo com a Palavra. Ela é a nossa direção, nossa bússola, nosso guia perfeito para vivermos.

Posso ainda afirmar que, o salmo é classificado como uma confiança triunfante e suplicante. Ele inverte a ordem natural: primeiro o salmista se arma de confiança, superando os medos, e, depois, suplica ao Senhor. Tanto confia que, menciona o nome de Deus (Senhor) várias vezes.

O salmista sabe que tem inimigos: bélico, das guerras travadas; familiar, o abandono paterno e o social, um juízo ajeitado. Há um medo interior que o domina, mas a confiança vence o medo. Ela é maior! Deus é sua luz, salvação, fortaleza, confiança (vv. 1-3). Deus o oculta no seu tabernáculo, o acolhe e o eleva sobre uma rocha (v. 5). Desta forma, o salmista oferece sacrifício, que esta bem explicada no (v. 6). Ele busca a presença de Deus, confia em seu coração e espera pelo Senhor de sua vida (v. 8 e 14).

Inicia-se então a súplica. O salmista pede para Deus ouvir sua voz, compadecer-se dele e responder sua petição. Pede, também, para Deus não esconder a face dele (2Cr 7.14-15).

Outra súplica é a questão do abandono paterno, quando criança (Ez 16) ou durante o crescimento. Mesmo havendo o absurdo de uma mãe que se esquece do filho (Is 49.14-15), porém, Deus é super pai e super mãe em quem podemos nos apegar, pois jamais nos abandonará (Sl 103).

A última súplica é por causa das acusações judiciais falsas (Sl 27.12). As instituições são para defender os inocentes e não acusá-los injustamente (Sl 11.2-3).

Concluindo a palavra de Deus, esclareço que diante de todo o enfrentamento e medo vividos pelo autor do salmo e seu povo, podemos observar que a confiança e súplica a Deus nos conduzirão por caminhos de luz salvação. Deus é a nossa rocha, fortaleza e alto refúgio.

Nós, cristãos, temos confiança na vitória em Cristo Jesus. Podemos acreditar, pois em João 16.33 ele fala para termos ânimo em meio as aflições, pois Jesus venceu o mundo. Paulo, em 1 Co 1.4-9 fala da confiança que temos em Deus, pois Ele nos enriqueceu em palavra e dom. Graças a Deus nós somos ricos!

E todos digam Amém!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Cura de um Surdo e Gago.





Jesus volta ao mesmo local do qual fora expulso. E certamente, chegando ali, as repercussões do milagre que operara na vida do gadareno atingem a vida do surdo e gago, do texto de Marcos 7. Isto porque, passando Jesus por Decápolis, lhe trouxeram um surdo e gago, e lhe suplicaram que impusesse a mão sobre ele Mc 7.32.

Jesus então olha para o homem, que é surdo e fala dificilmente, e o leva para fora da cidade. E ali distante da multidão, põe-lhe os dedos nos ouvidos e lhe toca a língua com saliva, num ritual que pode parecer totalmente extravagante ordenando que se abram em oração e cura.
É muito provável que esse homem lacrado, fechado como um cofre tivera os seus sentidos bloqueados em razão de algum trauma muito forte, pois não apresentava, aparentemente, nenhum obstáculo, do ponto de vista físico, mas existia um mundo de complexos dentro dele. Jesus não o cura na presença de outras pessoas. Ele o tira da multidão não se encontrava preparado para receber um milagre publicamente. Ser objeto de observação. Há um tipo de fragilidade nele que o inibe que o impede de se expor, de se deixar ver. E Jesus, com toda a sua sensibilidade divina, todo o seu respeito pelas complexidades humanas, olha para aquele homem e chega a esta conclusão. Retira-o dali leva-o para um lugar mais afastado, mais solitário, onde lhe faria o milagre.
Então podemos dizer que, é provável que grande número de moradores dos lugares por onde Jesus tinha de passar para ir a Galiléia, beira-mar, fossem sabedores da sua chegada a esses lugares. Pela narração do Evangelista vê-se que, de passagem pelo território de Decápole, uma multidão foi ao seu encontro ou estacionou na casa em que Ele se hospedara. E dentre essa multidão vinha um surdo e gago conduzido, talvez, por parentes ou amigos que desejavam vê-lo livre do mal que o oprimia.
Jesus viu logo que se tratava de um caso perfeitamente curável, mas que o trabalho da cura não podia ser feito diante de mil olhos curiosos. Era um caso que requeria certa homogeneidade de idéias, certas vibrações simpáticas, e que só alguns podiam presenciar, sem estorvar a ação que Ele tinha de empregar e, quem sabe, também a ação libertadora, que Ele teria de fazer intervir para que a língua do gago se "despregasse".
Neste caso não se pode saber, porque a narração não diz se se tratava de "língua presa" por alguma película carnal, como acontece em certos indivíduos, ou por desequilíbrio de vitalidade, ou por influência de algum espírito maligno ou zombeteiro, que agisse no homem para se divertir com a sua gagueira.
Não consta desta passagem que Jesus expelisse espírito algum, mas que o Mestre se limitou a pôr um pouco de sua saliva na língua do gago. Denota isso que a gagueira ou moléstia estava localizada na própria língua, não era um efeito de lesão da espinha, do cérebro ou de algum órgão mestre que tivesse influência sobre a língua. E tanto é assim que só com a aplicação direta no órgão relutante o doente se restabeleceu.
A surdez podia também ter por causa a paralisação funcional do nervo auditivo, ou a ação de um espírito que estivesse a paralisar esse órgão. Não podemos dizer ao certo se tratava de uma ou de outra coisa, mas Jesus já havia feito o seu diagnóstico, e prognóstico: pôs os seus dedos nos ouvidos dele e, aplicando-lhe saliva à língua, ergueu os olhos ao céu, deu um suspiro, e disse: Efatá; e eis desfeita a prisão da língua e abertos os ouvidos do surdo.
Jesus, de olhos erguidos para o céu, sorveu o fluído da vida que deveria ativar a circulação nos membros adormecidos e vacilantes do enfermo e, com aquela convicção inalterável da cura do doente, disse: Efatá! E o homem recuperou os dois sentidos que contava perdidos.
E finalizando, não importa se você é surdo, mudo ou gago Jesus esta pronto para te curar, creia nisso.

"Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo Amém"..

sábado, 25 de setembro de 2010

O Único Salvador de Israel


Jesus nunca contradisse a fé num Deus único, nem sequer quando realizava a obra divina por excelência que cumpria as promessas messiânicas e o revelava igual a Deus, o perdão dos pecados. A exigência feita por Jesus de fé na sua pessoa e de conversão permite compreender a trágica incompreensão do Sinédrio que considerou Jesus merecedor de morte porque blasfemou.

Resgatador-Parente Isaías 43:6-7 associa a idéia de Criador com o conceito de Resgatador-Parente. Deus diz: "Direi ao Norte: entrega! E ao Sul: não retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, a todos os que são chamados pelo meu nome, e os criei para minha glória, e que formei, e fiz." Da mesma forma que Boaz resgatou Rute, Deus resgata seus filhos. Ele tem o direito exclusivo de resgatar sua família, os homens e as mulheres feitos à imagem dele.
Então podemos concluir que, Deus é o único que tem direito de nos redimir. Nenhum outro é nosso Criador. Nenhum outro é o nosso dono. Este fato tem uma implicação interessante em relação à divindade de Jesus. O fato que ele é descrito como Redentor é mais uma prova que ele é realmente Deus. Jesus não era criatura, e sim criador e redentor.
Deus é o único que tem poder para nos salvar. No Velho e no Novo Testamento, achamos afirmações nítidas: "Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador" (Isaías 43:11).
Pedro, comentando sobre Jesus, diz: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo que importa que sejamos salvos"
Sendo nosso Criador e Redentor, Deus merece o nosso louvar e a nossa plena obediência.
Seu Criador é seu Dono e seu Pai. Ele quer resgatá-lo do pecado para lhe dar a vida eterna! (Atos 4:12).
Afirmo ainda o, porque muitos dos títulos que se aplicam a Deus Pai no Antigo Testamento são aplicados a Jesus no Novo. Como disse Jesus: “Eu e o Pai somos UM” (João 10:30). O mesmo “UM” que está no Shema, "Ouve Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR" (Deuteronômio 6.4) - uma unidade composta.
Com esta declaração, Jesus escandalizou aos judeus, ao ponto que eles pegaram em pedras para apedrejá-lo, porque esta declaração implicava em estar fazendo-se Deus a si mesmo (vv. 32,33).

JESUS CRISTO É SENHOR:

Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e na terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9-11 – veja ainda 1CORÍNTIOS 12.3)
Jesus Cristo é o SENHOR” (do grego Kurios). A palavra grega “Kurios” pode significar qualquer coisa, desde o tetragrama (YHVH, Iavé, o nome pessoal de Deus, também conhecido no hebraico por Adonai), passando por “Senhor” (no sentido de Deus como soberano do universo), e “Senhor” (no sentido humano de chefe, dono), até mesmo a mero “senhor” (como forma de tratamento cordial). Uma vez que Isaias 45.23, que em seu próprio contexto se refere à YHVH (“Por mim mesmo tenho jurado; saiu da minha boca a palavra da justiça e não tornará atrás: que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua”), e são citado no v. 10 em referência a Jesus, é certo que este versículo ensina que Jesus Cristo é YHVH, e não apenas “Senhor” em qualquer sentido menor.
Isso não quer dizer que o Pai é Jesus, nem que Jesus esgota o significado total de YHVH (a última frase do v. 11 , “para a glória de Deus Pai” – nos mostra que não tem nenhum desses dois significados), mas sim que existe uma identidade, unidade ou união íntima entre o Filho e o Pai (João 1.1,18; 10.30; Colossenses 2.9). Jesus ainda fala a respeito dessa identidade íntima em sua oração ao Pai em João 17.
Isso pode parecer que seja incompatível com o AT, e, portanto incompatível com o Judaísmo. É óbvio que qualquer um que fale do Pai e do Filho de maneira separada, afirme que “ambos” “são” YHVH, e permanece fiel ao Shema (“YHVH” é um; Deuteronômio 6.4) está no mínimo, abusando da linguagem para além de seus limites usuais – muito embora não mais que o próprio Deus, quando no sexto dia da criação disse: “Façamos o homem a nossa imagem” (Gênesis 1.26). Uma vez que o próprio DEUS TRANSCENDE OS LIMITES HUMANOS, não seria de surpreender que a Sua natureza não possa ser expressa em sua totalidade com o uso normal da linguagem. Apesar de a Bíblia utilizar uma linguagem que está ao alcance de todos, de modo que não existe nenhum significado oculto que esteja além da compreensão dos seus leitores, o fato de Deus transcender as limitações humanas, significa que Ele também excede o que a linguagem pode transmitir ao Seu respeito. O leitor, portanto, é forçado a escolher entre explorar o que significa “Jesus Cristo é Kurios”, ou rejeitar essa declaração por impor suas próprias limitações a Deus.
Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, o primeiro e o último” (Apocalipse 22.13).
Jesus também se declara assim em 1.17-18 e 2.8 (“Eu sou o primeiro e o último”). Em Isaias 44.6 e 48.12 é Deus Pai quem se descreve assim (“Assim diz o SENHOR, Rei de Israel e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” “Dá ouvidos, ó Jacó, e tu ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu sou o primeiro, eu também o último”).

O APÓSTOLO PEDRO CHAMOU JESUS DE “DEUS E SALVADOR”:

Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pedro 1.1).
Aqui, nós vemos que é Jesus Cristo quem é chamado de “Deus e Salvador”; no Antigo Testamento é YHVH: “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador” (Isaias 43.11) –; e ainda 45.21: “Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim”. Isso só é possível porque Jesus com o Pai são “UM” (João 10.30)! Contudo, sem confundir as pessoas.

JESUS CRISTO É O ÚNICO EXPOSITOR DO PAI AOS HOMENS:

Deus nunca foi visto por alguém, o Filho Unigênito que está no seio do Pai, este, o fez conhecer.” (João 1.18 – e ainda: Mateus 11.27; João 12.44-45; Colossenses 1.15; Hebreus 1.3; 1Timoteo 6.14-16).
Contudo muitos que viram o Anjo do SENHOR viram a Deus (v.14). Além disso, Moisés viu a Deus “pelas costas” (Êxodo 33.19-23), Isaias também viu “ao SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono” (Isaias 6.1), e os 70 anciãos de Israel “viram a Deus e comeram e beberam” (Êxodo 24.9-11).
O Antigo Testamento ainda relata muitos exemplos da aparição de Deus como homem – o Anjo do SENHOR: a Agar (Gênesis 16.7-14); a Abraão (Gênesis 18); a Jacó (Gênesis 32.24-30); a Moisés (Êxodo 3); a Josué (Josué 5.13-15); ao povo de Israel (Juízes 2.1-5); a Gideão (Juízes 6.11-24); a Manoá e sua esposa, pais de Sansão (Juízes 13.2-23). Nessas passagens os termos “SENHOR” e “O Anjo do SENHOR” é descrito como um homem. Portanto, João 1.18 deve levar a entender que a suprema glória e natureza de Deus estão ocultadas da humanidade pecadora. Como Êxodo 33.20 coloca, Deus disse: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”.
Portanto, Jesus Cristo é “o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa...” (Hebreus 1.3). A palavra grega “charactêr” (“a expressão exata”) usada apenas aqui em todo o Novo Testamento, apresenta de forma mais clara que a essência de Deus está manifesta no Messias. “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9). O Anjo do SENHOR é uma Teofania, ou seja, uma auto-manifestação de Deus. O Anjo do SENHOR fala como Deus, identifica-se com Deus e reivindica para si o exercício das prerrogativas de Deus. Uma vez que o Anjo do SENHOR deixa de aparecer depois da Encarnação (João 1.14), infere-se freqüentemente que Ele é uma aparição pré-encarnada de Cristo a Segunda Pessoa da Trindade.

ELE FAZ AS MESMAS OBRAS QUE O PAI FAZ E É IGUALMENTE HONRADO:

Em verdade, em verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa nenhuma; Ele só pode fazer o que vê o Pai fazendo, porque tudo o que o pai faz, o filho faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho, e lhe mostra tudo o que faz. E lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer. O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo juízo, PARA QUE TODOS HONREM O FILHO, COMO HONRAM O PAI. Quem não “honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (João 5.19-23). “Por isso, os judeus procuravam matá-lo, pois dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (v.18).

JESUS CRISTO É PERDOADOR DE PECADOS - ALGO QUE SÓ CABE A DEUS:

Jesus disse a um paralítico: Filho, perdoado está os seus pecados. (Marcos 2.5-12).
Os judeus protestaram está afirmação de Jesus. Porque diz estas assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (v. 7).
Esses judeus incrédulos se mostraram ser teólogos muito mais esclarecidos do que os da era moderna, que procuram mudar ligeiramente o significado dessa afirmação. O único que tem o direito de perdoar todos os pecados é aquele que recebe a ofensa por todos eles, Deus.

JESUS CRISTO DECLAROU A SI MESMO O NOME DIVINO:

“Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU!”(João 8.58 – e ainda: João 4.26, 8.24-25 e 13.19).
Esta declaração com João 10.30 (“Eu e o Pai somos Um”) são as mais claras auto-declarações de Jesus a respeito da sua divindade. Ficou tão clara para os judeus, ao ponto deles pegarem em pedras para O apedrejar (v.59). Declarar ser Deus e, especificamente, pronunciar o nome de Deus (como Jesus tinha acabado de fazer) merecia pena de morte (Levítico 24.15-16 e no Mishnah-Sanhedrin 7.5, O blasfemador não é culpado até que ele pronuncie o Nome).
Em outras ocasiões em que Jesus se declarou que era o “EU SOU”, a reação dos Seus opositores foram semelhantemente surpreendentes (conf. João 8.24-25, 18.4-8; Marcos 14.61-64 e Lucas 22.67-71).
Esta declaração era uma clara referência a Êxodo 3.14,15, que diz: “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. “E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviaram a vós
O versículo 2 deixa mais claro ainda, pois Moisés identifica aquela visão no meio da sarça ardendo em fogo como sendo, o Anjo do SENHOR” quem estava nela uma aparição Teofânica de Cristo pré-encarnado no Antigo Testamento, que logo em seguida é identificado como sendo o próprio SENHOR, que se auto-identifica como “o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó”; e nos revela mais ainda: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (vv. 4-6).
A Bíblia ainda claramente declara que Jesus Cristo, o Filho de Deus é Deus verdadeiro (1JOÃO 5.20).
Esclareço ainda que, muitos títulos que no Antigo Testamento se aplica apenas a YHVH, no Novo Testamento são aplicados a Jesus. Mas uma vez que o Novo Testamento distingue Jesus de Deus Pai, concluímos que Jesus deve ser identificado com YHVH, Deus; contudo, sem confundi-Lo com o Deus Pai.
O próprio título “Filho de Deus” implica que Jesus tem a mesma natureza de Deus, Seu Pai. Um filho tem a mesma natureza, a mesma espécie, a mesma essência de seu pai (João 1.14,18; 3.16 - "Unigênito", no gr. "Monogenes").
Os anjos, coletivamente, são chamados de “filhos de Deus” (Jó 1.6, 2.1. 38.7); mas a nenhum dos anjos Deus disse: “Você é meu filho”, como fez a Jesus por ocasião do seu batismo (Marcos 1.11, Lucas 3.22). Enquanto que nós somos filhos por ADOÇÃO em Jesus Cristo (Romanos 8.15; Gálatas 4.5; e Efésios 1.5).


SHALON ADONAI, para todos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jesus é Ungido por uma Pecadora


                                     
                                     Jesus é Ungido por uma Pecadora

Muitos judeus tinham certeza que aquele homem chamado Jesus era de fato o Messias, porém a grande maioria não acreditava. Havia também aqueles que tinham lá as suas dúvidas. Dentre estes últimos estavam os fariseus, profundos conhecedores das Escrituras Sagradas. Eles não perdiam uma oportunidade para experimentar, provar e interrogar Jesus em busca da verdade ou em busca de um pretexto para acusá-lo e entregá-lo às autoridades eclesiásticas como blasfemo.
Sabendo que Jesus estava na casa do fariseu, uma mulher resolveu ir até lá se encontrar com Jesus. Naturalmente ela já conhecia Jesus por ocasião de Suas pregações. Podemos afirmar inclusive que ela era uma mulher convertida e queria dizer-lhe que mudara de vida, era agora uma nova criatura.
Mas, ao chegar lá, a timidez a dominou, faltou-lhe a voz, sentiu-se excessivamente pecadora para olhar para Jesus face a face, sentiu-se envergonhada por ter levado uma vida tão desajustada. Ela chorava.
Jesus Cristo se entregou a Si mesmo, morrendo em uma cruz para pagar uma dívida que Ele não contraiu. Morreu para que houvesse amor entre Deus e os homens. Todos são pecadores e Jesus morreu por todos. No entanto, somente aqueles que reconhecem a sua situação pecaminosa, pecadores que entendem o sacrifício de Jesus e confessam os seus pecados com sinceridade, são salvos pelo sacrifício de Jesus. Com relação aos pecadores que se julgam puros, religiosos, auto-suficientes, blasfemos e escarnecedores; nada Jesus pode fazer por eles, porque eles rejeitam a salvação. E Jesus disse certa vez que o único pecado, que não tem perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Isso significa que o pecado que não tem perdão é a rejeição à mão estendida de Jesus para os homens.
O fariseu quando viu aquela mulher ungindo os pés de Jesus deve ter pensado: “Ah, é assim que se descobre... Este que aqui está não é o Messias coisa nenhuma, pois se fosse saberia que esta mulher é pecadora, prostituta e não vale nada.
Lendo Jesus o pensamento do fariseu, fez um paralelo, uma comparação entre os pecados da mulher e os de Simão.
Não podemos negar os pecados daquela mulher, porém ela estava em um plano superior com relação aquele fariseu, porque reconheceu os seus pecados e estava ali com um coração quebrantado e uma alma aflita, implorando misericórdia e perdão.
Aquela mulher deu o melhor do que dispunha. Ela deu tudo o que tinha. Jesus merece o melhor do que dispomos. Os discípulos acharam que era um desperdício derramar aquele alabastro sobre Jesus, mas Ele merecia tudo, pois tirou aquela mulher das garras do diabo, através do Seu Sangue.
Por causa do seu modo de vida, todos os presentes a conheciam e a condenavam. Foi muito difícil para ela enfrentar todos aqueles olhares, mas não se incomodou. Ela enfrentou tudo porque só pensava em Jesus, só pensava em retribuir o que Ele havia feito por ela. Todos a condenavam, mas nada fizeram para ajudá-la a sair daquela vida pecaminosa.
Sem que ela soubesse, estava ungindo o corpo de Jesus para a sepultura. Claro que demorou certo tempo para que acontecesse a sua Crucificação, era uma previsão simbólica.
Eu consigo imaginar a cena, Jesus na casa do fariseu Simão, ai apareceu, essa mulher, que não teve medo de ser descriminada, de ser rejeitada, ela queria adorar ao Senhor, pegou o seu vaso e foi até o Mestre, colocou-se por trás de Jesus e começou a beijar-lhe os pés, chorando e derramando o verdadeiro arrependimento, ela levou seus pecados até os pés de Jesus e ungia-lhe seus pés com um frasco de alabastro, essa mulher teve a ousadia de ir até Jesus, mesmo sendo pecadora ela se prostrou e foi até ele. E o fariseu vendo isso logo ficou “perturbado” e disse a Jesus que se ele fosse profeta, saberia qual era a mulher que o tinha tocado. È claro que Jesus sabia quem era a mulher, e mencionou a parábola dos dois devedores, ele queria ensinar pra Simão que quanto maior o perdão, maior o amor.
Jesus estava dizendo a Simão, que esta mulher percebeu o seu pecado e foi até Jesus, e derramou o verdadeiro arrependimento e adoração, ela sabia de seus pecados, mas ela queria adorar a Jesus, e o Senhor viu o seu coração, por que Simão só convidou Jesus pra comer, por que queria saber como Jesus era, e esta mulher queria verdadeiramente estar aos pés de Jesus.
Hoje nós como pecadores devíamos ter a mesma atitude, de querer estar aos pés de Jesus e entregar a ele a nossa adoração, pegar o nosso vaso e quebrá-lo na presença de Deus, e derramar o perfume de arrependimento que sai de nossos corações.
É claro que não podemos nos esquecer dos versículos 44 ao50:


44. Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu água para lavar os pés; ela, porém molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos.
45. Você não me saudou com beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés.
46. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés.
47. Portanto eu lhe digo os muitos pecados dela lhe foram perdoados; pois ela amou muito. Mas aquele há quem pouco foi perdoado, pouco ama.
48. Então Jesus disse a ela: Seus pecados estão perdoados.
49. Os outros convidados começaram a perguntar: Quem é esse que até perdoa pecados?
50. Jesus disse à mulher: Sua fé a salvou; vá em paz.
Então podemos afirmar que Jesus, estava tentando passar para todos há simplicidade de amar seu próximo sem julgá-lo. Lutar contra o pecado, mas amar o pecador. Jesus conhece o que se passa em nossos corações. Pense nisso!

domingo, 22 de agosto de 2010

                                                  


                                                    Encontro de Jesus com Nicodemos




                                                                  João 3: 1-21





Seguindo pelos encontros de Jesus, a reflexão proposta hoje é entre Jesus e Nicodemos, chefe dos judeus. “Ele foi até Jesus, de noite, e lhe disse: Rabi, sabemos que é um mestre mandado por Deus; de fato, ninguém é capaz de realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele...”. Este ilustre Senhor era um dos três homens mais ricos de Jerusalém e a narrativa deste encontro nos é passada através do evangelho de São João. Muito provavelmente, Nicodemos não queria ser visto com Jesus, visto que no versículo 2 relata que ele se encontrou com Jesus à noite, para que o encontro fosse discreto. Mas ele queria conhecer esse Jesus de quem tanto se ouvia falar.
Nicodemos reconhece que a origem da missão de Jesus não podia ser humana. E Jesus responde: "Na verdade, na verdade te digo, quem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus". Nicodemos devido a sua condição devia ser muito inteligente e não iria interpretar essas palavras em sentido material. Mas Nicodemos parece não se dar conta do que realmente Jesus quer dizer e, talvez para provocá-lo a explicar-se e a falar mais, finge ser ingênuo e interroga o mestre com perguntas aparentemente tolas: "Como pode um homem renascer, sendo velho?", pergunta. "Por ventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?".
Jesus, nosso mestre responde fazendo com que o ilustre e versado fariseu retorne à condição de um aluno iniciante e lhe explica que alguém não pode ver o reino de Deus se não participa dele aqui na terra, e isso não é resultado do esforço ou do talento humano: "Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que da carne nasceu é carne; o que nasce do Espírito é Espírito. Não te admires se te digo: deves renascer do alto. O vento sopra onde quer e ouves o seu ruído, mas não sabes de onde ele vem ou para onde vai: assim acontece com quem nasceu do Espírito". Em hebraico, a palavra "espírito" queria dizer também "sopro de vento", e esse duplo significado permite que Jesus se explique: embora invisível e intocável, o vento é real. Assim também o Espírito não pode ser controlado ou manipulado com argumentos humanos. Aí, a alusão ao Batismo é clara: a graça divina produz uma mudança no nível do ser, faz nascer uma vida nova.
O que segue nos demais versículos é uma catequese sobre as coisas celestes, e Jesus dá seu testemunho com autoridade e repreende Nicodemos por não aceitar seu testemunho. Jesus conclui o diálogo que alfinetando Nicodemos pela situação na qual veio lhe procurar: "a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não vai à luz, para que não sejam reveladas as suas obras. Mas quem pratica a verdade vai à luz, para que apareça claramente que as suas obras foram feitas em Deus".
Apesar deste encontro, Nicodemos não se torna um verdadeiro discípulo, mas no Evangelho de João o rico mestre israelita aparece outras duas vezes, demonstrando ter ficado, de algum modo, impressionado com Jesus, com a sua pessoa. No fundo, ele não se contentara em ouvir dizer, quis verificar pessoalmente a proposta de Jesus, confrontar-se cara a cara com ele. Quis ir ao fundo do anúncio daquele estranho profeta; decidiu procurá-lo, embora secretamente. Não abandonara os seus cargos nem o seu prestigioso posto. Mas o encontro deixara nele uma marca. As palavras do Mestre certamente o atingiram. Tanto isso é verdade que Nicodemos aparece novamente no Evangelho defendendo Jesus. Disse então Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar: Condena acaso a nossa Lei algum homem, antes de ouvi-lo e sem conhecer o que ele faz? . E eles lhe responderam: "Por acaso tu também és da Galiléia? Estuda e verás que da Galiléia não vem nenhum profeta. E todos “eles retornaram às suas casas” (Jo 7,50-53).
Nicodemos aparece ainda no Evangelho após a morte de Jesus, e gasta cem libras em perfumes preparar o corpo de Jesus. A partir desse último gesto podemos ver que o seu coração havia sido tomado secretamente por Jesus, por aquele Nazareno que, depois de algumas horas, sairia do sepulcro, vitorioso para sempre.
Quantos de nós não somos assim, conhecemos a verdade, sabemos a quem temos que seguir, mas por vergonha, medo, ou tantos outros motivos torpes, preferimos andar sem Jesus. Ignorando todo o sacrifício que Ele sofreu por nós. Tenhamos o coração de Nicodemos, mas o ultrapassemos na coragem de assumir nosso amor por Jesus e por testemunhar com fé e esperança, as maravilhas do reino de Deus nas nossas vidas.
A Bíblia registra vários diálogos que Jesus fez. Essas trocas nos dão vislumbres fascinantes de como teria sido falar com ele. Em João 3, um líder judeu, Nicodemos, foi falar com Jesus à noite. Ele começou elogiando a Jesus (João 3:2). Será que Nicodemos pensou que Jesus o comoveria a alta posição entre seus discípulos? Em caso afirmativo, a resposta de Jesus deve ter sido devastadora: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus, (João 3:3). Nem mesmo uma autoridade de destaque pode entrar no reino sem uma mudança radical.
No desenrolar da conversa, Jesus explicou o que queria dizer nascer de novo. Ele disse: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus, (João 3:5).
Nascido da água. O único nascimento da água na Bíblia é o batismo. Romanos 6:4 explicam que, após o sepultamento no batismo, ressuscitamos para levar uma nova vida. A relação entre João 3:5 e Romanos 6:4 é tão óbvia que nenhuma pessoa, sem ter sido previamente influenciada, pode negar que nascer da água seja uma referência ao batismo. Infelizmente, muitas pessoas têm teologias que negam ser o batismo essencial para a salvação; tentam fugir do que Jesus quis dizer, redefinindo o nascimento da água. Mas Jesus afirma que, para entrar no céu, o batismo se faz necessário.
Nascido do Espírito? Jesus explicou: O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito (João 3:6). O nascimento do Espírito consiste numa transformação espiritual radical (veja Romanos 6). O ato físico do batismo, em si, não garante ingresso no reino. Ao batismo nas águas deve-se mesclar a transformação espiritual, ou seja, o renascimento do interior. Você nasceu de novo?

sábado, 21 de agosto de 2010


Os Anjos Derramam as Suas Taças (Apocalipse 16:1-21)




No capítulo 15, um dos quatro seres viventes deu as sete taças da cólera de Deus aos sete anjos, e o santuário se encheu com a fumaça da glória e do poder de Deus. Agora, aguardamos o trabalho dos anjos. Cada um derramará a sua taça, trazendo uma série de sete flagelos para castigar os adoradores da besta e os servos do dragão. Algumas dessas pragas nos lembram das pragas que Deus enviou para castigar os egípcios quando Moisés foi libertar o povo de Israel.

A Primeira Taça (16:1-2)

Deus está no santuário, envolto na fumaça impenetrável (15:8). Esta voz, então, é a voz de Deus dando ordem aos sete anjos.
Os anjos recebem a ordem de derramar as suas taças, trazendo a ira de Deus. A cólera ou furor de Deus vem em resposta à cólera do dragão (12:12) e à fúria da prostituição da grande Babilónia (14:8). Mas a cólera do dragão dura pouco tempo (12:12) enquanto esta fúria vem de “Deus, que vive pelos séculos dos séculos” (15:7).
A obediência imediata é característica dos servos fiéis ao Senhor. Deus mandou, e o anjo foi. A sua taça castiga a terra ou, mais precisamente, os adoradores da besta na terra.
Aqueles que cederam à pressão e participaram do culto imperial para evitar as conseqüências diante do governo romano (13:14-17) agora sofrem nas mãos do Soberano Rei dos Reis.
Como a sexta praga no Egito (Êxodo 9:8-9), os adoradores da besta foram afligidos por úlceras. Aquela praga atingiu os próprios magos, aqueles que induziam as pessoas a acreditarem em falsas religiões. (Êxodo 9:11). Esta afeta os participantes de falsa religião.

A Segunda Taça (16:3)

Já observamos que o mar, muitas vezes, simboliza a sociedade mundana (cf. comentários sobre o mar em 13:1, lição 22). Aqui o castigo vem sobre as nações rebeldes. O mar Mediterrâneo, também, foi o foco comercial do império romano. Qualquer praga que ataca o mar teria grande impacto financeiro (18:17-19).
Como na primeira praga no Egito, que causou a morte dos peixes (Êxodo 7:1-25), este flagelo causa a morte dos seres viventes no mar.
Pelo fato que todos os outros flagelos afligem pessoas, e não a natureza, podemos concluir que os seres viventes no mar são, também, homens. Este entendimento se torna mais forte com os flagelos que se seguem.

A Terceira Taça (16:4-7)

Rios e fontes são essenciais para sustentar a vida. Esta praga, como a praga no Egito, deixa os perversos sem água potável. Se não vier algum alívio, a conseqüência será a morte
Além do seu trabalho de derramar sua taça sobre os rios e as fontes das águas, este anjo tem uma proclamação.
Em executar uma parte do julgamento dos ímpios, o anjo percebe a justiça de Deus, e o adora. A justiça divina sempre foi motivo de louvor: “Levanto-me à meia-noite para te dar graças, por causa dos teus retos juízos” (Salmo 119:62). Deus é eterno, Santo e justo.
A água se torna em sangue porque os habitantes do mundo haviam derramado sangue inocente. Mais uma vez, observamos a ligação entre os castigos e a pergunta do quinto selo: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (6:10). Desde a morte de Abel, Deus ensinara aos homens o princípio da vingança de sangue: “Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem” (Génesis 9:5).
Este motivo é citado frequentemente em outras profecias do Velho e Novo Testamentos para explicar o castigo de diversas pessoas – indivíduos, cidades e nações. Considere estes exemplos: Jerusalém e Judá foram castigados porque o rei Manasses derramou muito sangue inocente e fez Judá pecar com os seus ídolos (2 Reis 21:10-16); Jeoaquim, um dos últimos Reis de Judá, foi condenado pelo mesmo motivo (Jeremias 22:17-19); o derramamento de sangue inocente foi um dos motivos da opressão e do cativeiro do povo de Israel (Salmo 106:34-46); os profetas citaram o mesmo motivo quando falaram das conseqüências dos pecados de Israel e de Judá (Isaías 26:21; 59:3,7; Jeremias 7:6; Ezequiel 22:27). Uma outra passagem importante fala sobre a casa de Acabe, especialmente Jezabel, que foram castigadas por terem derramado o sangue dos servos, os profetas (2 Reis 9:7). Todas essas profecias foram cumpridas nos séculos antes da vinda de Jesus. Servem para entender a linguagem do Apocalipse, mas não para identificar o cumprimento principal destas profecias de João, feitas depois da morte de Jesus.
Uma profecia relevante ao contexto do Apocalipse se encontra em Joel. Depois de estabelecer Jerusalém espiritual (2:28 - 3:1), Deus reúne as nações para o julgamento no vale de Josafá (3:2). Os crimes são ofensas contra o povo do Senhor, inclusive o pecado de terem derramado sangue inocente em Judá. Esta vingança é ligada ao estabelecimento do reino de Deus e à sua habitação em Sião (3:17-21), temas principais no Apocalipse.
Quando chegamos aos evangelhos, as figuras mais próximas se encontram nos comentários de Jesus sobre os pecados dos judeus. Ele condenou os escribas e fariseus por imitar as atitudes dos seus ancestrais em matar profetas e justos (Mateus 23:29-36) e, logo em seguida, profetizou sobre a destruição de Jerusalém, uma profecia cumprida em 70 d.C. Comentários semelhantes são relatados em Lucas 11:45-52.
Observando a semelhança das palavras de Jesus e a condenação da meretriz do Apocalipse (16:6; 17:6; etc.), alguns estudiosos concluem que são profecias do mesmo castigo, e que a meretriz (Babilónia) do Apocalipse é a cidade de Jerusalém. Existem vários argumentos a favor dessa interpretação, e outros contra. Ainda comentaremos sobre a questão da data do livro em outros textos pela frente. Agora, a questão que precisamos abordar é esta: As semelhanças entre os comentários de Jesus e a linguagem do Apocalipse provam que a meretriz é Jerusalém? Na verdade, é a mesma questão que surgiu no capítulo 11, quando falou da “grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado” (11:8).
João usou a linguagem de Jesus junto com a linguagem de diversas profecias já cumpridas do Antigo Testamento para descrever o castigo de uma outra cidade ou povo que matava santos e profetas. Neste caso, a destruição de Jerusalém, já passada, serviria para enriquecer o pano de fundo da profecia contra os poderes romanos.
O ponto, por enquanto, é que linguagem semelhante não prova que os assuntos sejam idênticos. Este fato é importante no estudo de qualquer profecia da Bíblia. O fato de dois livros usarem figuras semelhantes não quer dizer que necessariamente falam do mesmo assunto. É claro que Jerusalém e os judeus mataram profetas e santos, mas o governo Romano, também, perseguiu e matou os servos de Jesus. Em qualquer dos dois casos, a ênfase do Apocalipse está na morte das testemunhas de Jesus (17:6), não na morte dos fiéis do Velho Testamento.
Novamente, voltamos ao quinto selo (6:9-11). As almas debaixo do altar pediram vingança, e Deus respondeu que teriam que esperar mais um pouco. Agora que o Senhor deu sangue para os opressores beberem, o altar proclama a justiça de Deus. A justiça divina pode demorar, mas ela vem! Pedro diz que qualquer demora na aplicação da justiça divina deve ser vista como uma demonstração da misericórdia e longanimidade de Deus (2 Pedro 3:7-10).

A Quarta Taça (16:8-9)

Nos primeiros quatro flagelos, como nas primeiras quatro trombetas (8:7-13), as forças da natureza são os instrumentos de Deus para castigar os homens perversos. O sol normalmente ilumina, possibilitando a vida. Em outras situações, Deus castigou os homens negando-lhes a luz do sol (8:12; Êxodo 10:21-23; Joel 2:32; Mateus 24:29). Esta vez, o castigo vem por meio do calor excessivo que queima, e serve para afligir os adversários do Senhor. Deus usa o fogo para destruir os seus inimigos (Salmo 97:3; 104:4). Da mesma maneira que algumas das pragas atingiram os egípcios e não os israelitas, as pessoas que sofrem sede por não terem água potável (16:4-7) são punidas com esta praga de calor insuportável, enquanto os fiéis que saem da grande tribulação são protegidos do calor e nunca terão sede (7:16).
O castigo vem por causa da injustiça dos homens, mas os ímpios ainda ousam levantar as suas vozes contra o Senhor. É triste observar como a mesma coisa acontece hoje. O sofrimento entrou no mundo por causa do pecado do homem, mas muitos usam a dor como motivo de questionar a justiça e negar a bondade de Deus. Alguns até rejeitam a existência de Deus por causa da injustiça do homem!
Os castigos vêm de Deus. Em vez de buscar perdão e clemência, os homens blasfemam o nome do Senhor.
Da mesma maneira que Faraó endureceu seu coração depois das pragas no Egito (Êxodo 7:22; 8:15,19,32; 9:7,12,34-35; 10:1,20,27; 13:15), este povo recusa a se arrepender. Não aceitaram o castigo como disciplina (3:19; Hebreus 12:5-6), e sim como motivo para rejeitar o Senhor. Quando pessoas hoje usam o sofrimento como motivo para negar a existência de Deus, cometem o mesmo erro fatal. Independente da fonte do sofrimento, devemos usá-lo para nos aproximar de Deus (Tiago 1:2-4; 2 Coríntios 12:7-10).


A Quinta Taça (16:10-11)

A besta não é o poder superior! O anjo de Deus derrama sua taça sobre o trono da besta, porque vem de um lugar mais alto. Homens enganados podem exaltar a besta (13:4), mas ela não é igual a Deus, nem ao mensageiro usado por Deus para derramar a sua ira.
A quinta trombeta trouxe escuridão e tormento (9:1-12), como também a quinta taça.
Os egípcios adoraram o sol, e Deus causou três dias de escuridão (Êxodo 10:21-23). Aqui o reino da besta se torna em trevas, provavelmente referindo-se ao engano das mentiras daquela que se apresenta como um Deus digno de adoração.
O reino da besta sofre dor insuportável. Enquanto o Senhor oferece refúgio e proteção aos seus servos (7:16-17), os servos da besta são atormentados.
Como fizeram na sexta trombeta (9:20-21) e na quarta taça (16:9), os ímpios ainda recusam a se arrependerem. É mais fácil colocar a culpa em Deus do que aceitar a responsabilidade pelo próprio pecado. Diferente das pragas do Egito, onde cessou uma antes de começar a próxima, estes flagelos continuam. Chegamos à quinta taça, e os homens ainda estão sofrendo com as aflições que começaram na primeira (16:2). As obras dos pecadores são o motivo do castigo, em contraste com as obras dos santos que são as roupas puras que usam na presença do Cordeiro (19:8).

A Sexta Taça (16:12-16)

Esta figura apresenta algumas dificuldades, e as explicações dos comentaristas são diversas. Quais Reis vêm do oriente? É o mesmo exército que os espíritos imundos se ajuntam nos versículos seguintes, ou é o povo de Deus vindo para estar com ele diante das ameaças dos servos do diabo?
Por vários motivos, parece-me mais razoável ver aqui os servos de Deus. Considere:
Quando Deus voltou para abençoar seu povo e habitar no meio dele, sua glória “entrou no templo pela porta
que olha para o oriente” (Ezequiel 43:4).
Todas as pessoas na Bíblia que atravessam corpos de água em terra seca são os servos de Deus sob a sua proteção, não os seus inimigos: os israelitas na saída do Egito (Êxodo 14:15-25; Salmo 106:9-10); os israelitas na entrada em Canaã (Josué 3:12 - 4:18); Elias e Eliseu juntos (2 Reis 2:4-8); Eliseu sozinho (2 Reis 2:13-14). Na profecia de Isaías 11:15-16, Deus seca o Eufrates para permitir o restante do seu povo escapar do cativeiro. Em Isaías 51:10, Deus secou as águas do mar para deixar passar os remidos (cf. Zacarias 10:10-12).
Exércitos são representados como águas ou rios, até pelas águas do Eufrates (Isaías 8:7-8), e o vento de Deus seca e espalha essas águas (Isaías 17:12-14).
O exército que vem do Eufrates na sexta trombeta é de Deus, trazendo fogo e enxofre e matando a terça parte dos homens ímpios (9:13-21).
Baseado nestas observações, o que vemos aqui é  a ação de Deus para vencer o poder militar dos ímpios e deixar os seus fiéis atravessarem o Eufrates em terra seca para chegar ao Senhor. É uma imagem do povo voltando do cativeiro para habitar na presença de Deus, e para ficar com o Senhor contra o diabo e seus servos.
O diabo e seus dois principais aliados: a besta (do mar) e o falso profeta (a besta da terra, que induz as pessoas a adorarem a besta do mar). Sabemos que tudo que sai da boca deles é mau, pois o diabo é o pai da mentira (João 8:44).
Saindo da boca destes três personagens, obviamente são imundos. Rãs são mencionadas aqui e nas referências à segunda praga no Egito (Êxodo 8:1-15; etc.). No Antigo Testamento, foram consideradas imundas e, por isso, abominações (Levítico 11:9-10).
É uma batalha espiritual, e os servos do diabo vêm com seus sinais para enganar os homens. Foi por causa dos sinais dos magos que Faraó endureceu seu coração nas primeiras pragas (Êxodo 7:22). Paulo falou dos sinais da mentira usados pelo iníquo para enganar os homens (2 Tessalonicenses 2:9-12).
Estes espíritos têm um objetivo específico. Querem enganar os Reis do mundo. Novamente, a figura destaca a influência mundial do dragão e de seus aliados, um fato que se enquadra bem com as características do império romano identificado no capítulo 13.
O propósito dos espíritos enganadores é colocar os Reis contra Deus. Desde o Éden, o Diabo tem procurado criar inimizade entre Deus e os homens. Ele distorceu e contrariou as palavra de Deus para enganar Eva, e vem fazendo a mesma coisa ao longo da história. Aqui, os servos dele têm o propósito de ajuntar os Reis da terra contra os servos de Deus.
A peleja pode ser uma batalha física, como a batalha entre Israel e Síria, em que um “espírito mentiroso na boca de todos os ... profetas” de Acabe enganou o rei para provocar a guerra (1 Reis 22:1-28). Pode ser uma batalha espiritual, como as batalhas contra os príncipes da Pérsia e da Grécia em Daniel 10:13-21. Pode incluir os dois aspectos, como a luta do Faraó contra Deus, que envolveu tanto a batalha espiritual de um coração obstinado como o exército do Egito que morreu no Mar Vermelho. Independente da natureza da batalha em si, o resultado seria o julgamento dos povos rebeldes, semelhante a cena no vale da Decisão em Joel 3. Deus vai julgar os Reis enganados pelos espíritos que saem da boca do dragão, da besta e do falso profeta.
Antes de deixar João continuar o relato do trabalho dos espíritos imundos, Jesus interrompe com uma mensagem de exortação aos fiéis.
A figura do ladrão é utilizada na Bíblia para enfatizar o julgamento repentino e a falta de preparo das pessoas julgadas. Representa as conseqüências naturais do pecado e da negligência nesta vida (Provérbios 6:9-11), como também a vinda do Senhor para julgar (Lucas 12:35-40; Mateus 24:42-43; 1 Tessalonicenses 5:2-4; 2 Pedro 3:10; Apocalipse 3:3). A ênfase está na preparação para a chegada do Senhor.
Esta é a terceira de sete bem-aventuranças no livro (veja a lista na lição 3). A pessoa preparada, que não teme a vinda do Senhor, vigia e aguarda o Senhor (cf. Mateus 25:1-13). Guardar as vestes indica a pureza dos fiéis, que “não contaminaram as suas vestidura e andarão de branco” (3:4; cf. Tiago 1:27). A nudez, por outro lado, mostra a impureza de pessoas despreparadas, como a igreja em Laodicéia (3:17). Quando Adão perdeu a sua inocência e ouviu a voz de Deus no jardim, ele se escondeu porque estava nu e envergonhado (Génesis 3:8-10). A nudez representa a vergonha, especialmente a vergonha de castigo (Ezequiel 16:36-37; Oséias 2:9-10; Miquéias 1:1; Naum 3:5).
A batalha não acontece no capítulo 16. Teremos que esperar até o capítulo 19 para ver o resultado desta guerra. No momento, o Senhor quer mostrar o lugar da batalha . Armagedom. Esta palavra aparece somente aqui, mas o próprio versículo diz que ela é de origem hebraica. A palavra significa “monte de Megido” ou “cidade de Megido”, e nos lembra do significado da região de Megido em batalhas decisivas do Antigo Testamento. Foi o local da vitória de Israel sobre Jabim e Sísera (Juízes 4 e 5, especialmente 5:19). Josias morreu da ferida que sofreu na batalha contra Neco, rei do Egito, no vale de Megido (2 Crônicas 35:22-24). Outras batalhas na região de Jezreel e Megido incluem: a vitória de Gideão sobre os midianitas (Juízes 7); a batalha final de Saul contra os filisteus (1 Samuel 31). Quando Jeú, encarregado com a exterminação da casa de Acabe, mandou matar Acazias, rei de Judá, este morreu em Megido (2 Reis 9:27). Armagedom, então, representa um lugar de julgamento e de batalhas decisivas. Certamente, Deus julgará e aplicará a sua justiça!

A Sétima Taça (16:17-21)

Especialmente quando pensamos nos paralelos entre as taças e as trombetas (veja a tabela comparativa no início desta lição), chegamos à última taça esperando o cumprimento da ira de Deus. Encontraremos mais detalhes nos capítulos 17 e 18, mas a segunda voz já anunciou a queda da Babilónia (14:8). A vitória sobre os Reis da terra será declarada no capítulo 19, mas já sabemos que os povos enganados aguardam em Armagedom, onde Deus pronunciará a sentença de condenação (16:16). Atrás de todos os Reis e atrás da cidade mundana jaz a influência do dragão, o diabo. A sétima taça leva a batalha à casa do Adversário. A taça é derramada pelo ar, diretamente atingindo “o príncipe da potestade do ar” (Efésio 2:1). Satanás é o príncipe deste mundo (João 12:31; 14:30; 16:11) e o “deus deste século” que cega os incrédulos (2 Coríntios 4:14). Há mais informações pela frente, mas o fato importante já ficou evidente. O diabo perde. Jesus e seus servos são os vencedores.
A voz vem do trono que está no santuário. Deus está no santuário, e ninguém mais podia entrar até que se cumprissem os sete flagelos (15:8).
As palavras enganadoras dos espíritos imundos podem conduzir os Reis da terra a uma falsa expectativa de vitória, mas o verdadeiro vencedor é o próprio Senhor. Quando ele declara o seu plano cumprido, podemos ter certeza da vitória dos fiéis.
É de Deus! São os sinais que saem do trono de Deus (4:5) e do altar que se acha diante do trono (8:5). São os sinais que vêm do santuário depois da sétima trombeta (11:19). Aqui, estes sinais reforçam as palavras da voz do santuário. Está feito!
Há uma tendência por parte de muitas pessoas de entender expressões proverbiais de forma literal. Mas, da mesma maneira que falamos do “melhor dia da minha vida” ou dizemos “eu nunca vi nada igual”, a Bíblia também emprega provérbios que não devem ser interpretados literalmente. Podemos ilustrar a linguagem proverbial comparando duas afirmações sobre Jerusalém. Deus falou da destruição de Jerusalém em 586 a.C. nestas palavras: “Executarei juízos no meio de ti, à vista das nações. Farei contigo o que nunca fiz e o que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações” (Ezequiel 5:8-9). Literalmente nunca fez e jamais faria coisa igual? Não! O próprio Jesus falou da mesma cidade 600 anos depois, e disse: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mateus 24:21). Se Ezequiel e Jesus falassem literalmente, as suas palavras se contradiriam. Mas são expressões proverbiais. Não precisamos procurar a maior tribulação da história para acreditar e entender as palavras de Ezequiel e as de Jesus, e não precisamos procurar o pior terremoto da história para acreditar na profecia da sétima taça. Nem precisamos de um terremoto literal para entender o ponto. Mas não devemos diluir a mensagem e perder o impacto. Deus disse “Feito está!” e chamou atenção a suas palavras com sinais assustadores.
Encontramos, novamente, a grande cidade que recebe a cólera de Deus. Como observamos na lição 25, há um contraste importante no livro entre a cidade santa, a nova Jerusalém e a grande cidade mundana, a Babilónia. A grande cidade representa a corrupção de uma cidade que vivia da prostituição de suas relações comerciais com as nações, e destaca mais uma característica do poder do império romano. A besta do mar enfatiza seu poder de dominar, especialmente o poder militar dos Reis. A besta da terra representa seu poder religioso, a religião imperial pela qual as pessoas foram obrigadas a adorarem Roma ou seus imperadores. A Babilónia destaca as relações comerciais pelas quais Roma dominava a economia mundial. O sétimo flagelo fala do castigo da grande cidade Babilónia, que será descrito em mais detalhes nos capítulos 17 e 18.
A divisão em três partes enfatiza a derrota total da grande cidade. Ezequiel dividiu a cidade de Jerusalém, simbolicamente, em três partes, para mostrar a destruição total dela (Ezequiel 5:1-4). A Babilónia é ferida por três flagelos em um só dia (18:8), frisando a sua destruição total.
As cidades das nações dependiam da grande cidade. Quando ela cai, elas também caem. O lamento dos Reis e comerciantes em 18:9-19 mostra como a queda da Babilónia teria impacto enorme nas outras nações. Não teriam mais o seu mercado principal, causando um colapso económico geral.
Já observamos o significado do cálice da ira de Deus na lição 25 (14:10). Os adoradores da besta beberiam deste cálice. Agora aprendemos que a própria Babilónia, a mesma que deu às nações o “vinho da fúria da sua prostituição” (14:8) teria que beber da ira de Deus (cf. 18:5-6).
Este versículo reforça o sentido do anterior, mostrando os efeitos mundiais da queda da Babilónia. A linguagem nos lembra do sexto selo (6:12-17). Quando Deus desce para julgar, “os montes debaixo dele se derretem” (Miquéias 1:4; cf. Naum 1:5; Salmos 18:7-15; 97:5). As ilhas, por serem espalhadas e ocupadas por diversos povos, são ligadas às nações (Génesis 10:5; Isaías 40:15; 41:1; Sofonias 2:11). Quando Ezequiel profetizou a queda de Tiro, uma cidade que vivia do comércio no mar Mediterrâneo, ele falou de seu impacto nas ilhas: “Agora, estremecerão as ilhas no dia da tua queda; as ilhas, que estão no mar, turbar-se-ao com a tua saída” (Ezequiel 26:18). Da mesma maneira, o castigo de Roma prejudicaria as ilhas e os povos de toda a extensão do império
Chuva de pedras de 45 quilogramas cada! Lembrando que os flagelos são cumulativo (16:10-11), podemos imaginar o sofrimento dos adoradores da besta. Têm úlceras, não têm água, sofrem sobre o calor intenso do sol, e agora vem chuva de pedras enormes!
Todo este sofrimento deve ser motivo para se arrependerem, mas continuam endurecendo os corações. Não admitem os seus erros, nem a justiça de Deus.

Conclusão

A besta da terra tem poder para afligir e até matar os servos de Deus, aqueles que recusam adorar a besta. Mas Deus mostra seu poder para castigar com muito mais severidade os adoradores da besta. Os sete flagelos trazem sofrimento incrível aos seguidores da besta, mas eles ainda não se humilham diante de Deus.